Workshop debate qualidade de manga exportada para os Estados Unidos

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O IX Workshop da National Mango Board (NBO), no Vale do São Francisco, que acontece em Petrolina (PE), nos dias 21 e 22 de julho, tem uma programação de palestras e minicursos voltada para formar entre produtores, terceirizados para colheita, gerentes de packing houses, pessoal de segurança alimentar e exportadores, melhor compreensão da cadeia produtiva e gerenciar os principais fatores que afetam a qualidade e a segurança das mangas consumidas nos Estados Unidos.
O mercado deste país é o segundo maior destino da manga exportada pelo Brasil, que, em grande parte, é produzida nos pomares do polo irrigado de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Nesta nona edição do evento, as entidades organizadoras – NBO e Valexport -, com apoio do Sebrae e da Embrapa, trazem, para o debate, temas que vão da legislação de segurança dos alimentos a questões de natureza fitossanitária e de uso eficiente de água de irrigação. O objetivo é claro: melhorar a qualidade e consistência dos frutos frescos disponíveis para consumidores nos Estados Unidos.
Para o Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Semiárido, Flávio de França Souza, a produção dessa fruta na região tem a marca da competência técnica dos seus agricultores e empreendedores. O workshop, contudo, é oportunidade de atualização para os segmentos envolvidos com a cultura diante de mercados que são dinâmicos do mesmo modo que a preferência dos consumidores.
Esta atualização é mais significativa porque vem por meio de uma instituição que tem como foco principal o marketing voltado para aumentar o consumo da fruta, a National Mango Board, afirma.
Ele também destaca a oportunidade de interação entre pesquisadores do Brasil e do exterior. A cooperação técnico-científica é um fator importante de incremento para inovações com potencial de aumentar a produtividade agrícola. Por isso, “temos agendada uma visita à Unidade, na zona rural de Petrolina, do Diretor de Pesquisa do NBO, Leonardo Ortega”.
A geração de conhecimento e tecnologias para a cultura da manga é “parte significativa do nosso programa de pesquisa e desenvolvimento. As informações mais relevantes das pesquisas, em áreas como o uso racional da água, manejo integrado de moscas-das-frutas e de recomendação de nutrientes para adubação, vão ser apresentadas por pesquisadores da instituição em palestras e minicursos, no IX Workshop”, afirma o Chefe Adjunto.
Na sua opinião, momento como o atual, de crise hídrica, por um lado, e de oportunidade de expansão das exportações, devido à alteração no tamanho de frutos liberados para comercialização nos EUA (de 650 gramas para até 900 gramas), exige integração de todos os atores da cadeia produtiva desse negócio agrícola.
Um dos palestrantes da tarde de hoje (21/07), Welson Lima Simões, argumenta que diante da crise hídrica e da alta competitividade mundial da manga, o uso eficiente do sistema de irrigação é ferramenta fundamental para um cultivo sustentável da mangueira no Semiárido do Brasil.
Também palestrante do workshop, outro pesquisador da Embrapa, Luís Henrique Bassoi, explica que os solos do Semiárido apresentam alta permeabilidade em 47% e limitações de drenagem em 40% de sua área superficial. Desse modo, ressalta-se a importância do monitoramento da quantidade de água ao longo do perfil do solo sob cultivo irrigado da mangueira.
A otimização da água pode levar a produzir o máximo com o mínimo de água. Este tipo de eficiência é o que buscamos nesta cooperação com o National Mango Board, a Valexport e os agricultores, garante Flávio.
Embrapa Semiárido
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
Petrolina/PE
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